sábado, 12 de dezembro de 2009

Faz de conta


"(...)faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não morria de saudade, faz de conta que vivia e que não estivesse morrendo, faz de conta que era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que os seres amados surgissem diante de si quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que ela não estava chorando por dentro, pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado..."
Clarice Lispector

2 comentários:

Frodorius disse...

Oh nice, achei um blog bacana /o/ Hmmm de quem é.... S-U-E-L-L-E-N... Não conheço, mas parece ser gente boa :)

Pra complementar seu texto, uma frase do Stepne King:
Fiction is the truth inside the lie.

Anônimo disse...

AMO Clarice e esse trecho que vc colocou aí. Minha primeira experiência com ela foi Água Viva, o que me fez começar a escrever.
Muito bom gosto, Sull
beijo